Por Graça Paes, RJ

Na tarde de segunda-feira, dia 20 de março foi lançado o filme “A Glória e a Graça”, no Hotel Mercure Mourisco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O longa chega aos cinemas em 30 de março. Participaram da coletiva de imprensa, as atrizes Carolina Ferraz, Carol Marra e Sandra Corveloni, o diretor Flávio Ramos Tambellini, e o roteirista Mikael de Albuquerque. Carolina Ferraz se emocionou ao falar de sua participação como produtora do filme e dos nove anos de luta para colocar em prática o projeto.
“Eu tentei fazer uma pessoa, um ser humano. O filme fala da relação entre duas irmãs, o resgate das relações em família. A Glória é divertida. Eu procurei fugir das caricaturas tão comuns quando se abordam esse universo. A maior preocupação foi justamente fugir do estereótipo”, falou Carolina Ferraz. Ela também explicou, que ainda amamentando, se preparou por 30 dias com os preparadores Christian Duvoort e a Marina Medeiros para o papel.
O diretor Tambellini, baseado no roteiro, optou por uma fotografia colorida, alegre e por não mostrar o travesti como um marginal. “A gente acha que travesti sempre é o marginal, uma pessoa fora do sistema… Quis dar essa outra visão, que, aliás, é o que está acontecendo. É um filme que fala da família moderna, da junção de diversas pessoas que formam uma família”, pontua.
No filme, Carolina interpreta Glória, um travesti, que antes se chamava Luiz Carlos. “A Glória e a Graça” é dirigido e produzido por Flavio Ramos Tambellini (de “Malu de Bicicleta” e “Bufo & Spallanzani”). O filme é um drama sobre a família moderna.

Segundo a produção do longa, a ideia era “apresentar um novo olhar sobre o tema, tirando o travesti do papel cômico e caricato”. A atriz transsexual Carol Marra também está no elenco, como Fedra, a melhor amiga de Glória.