Um relatório idealizado pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontou que o Elevado das Bandeiras, mais conhecido como Elevado do Joá, deve ser totalmente refeito para evitar qualquer risco de desabamento. A prefeitura, que contratou o estudo, no entanto, diz que ainda é cedo para ter um veredicto final sobre o assunto.
Segundo o secretário municipal de obras, Alexandre Pinto, é preciso ouvir a opinião de mais especialistas, e que estudos anteriores descartaram a necessidade de demolição do Joá, que é a principal ligação entre Barra e Zona Sul.
“Num relatório inicial, a Coppe não havia identificado qualquer problema nas estruturas. Eu não posso fazer uma interdição desse tamanho apenas com a opinião de um especialista. Para tomar a melhor decisão, vamos precisar ouvir mais especialistas”, disse o secretário ao jornal O Globo.
Já Eduardo Miranda Batista, engenheiro que coordenou o estudo da Coope, rebate e critica as obras de recuperação feitas no local, que nunca chegaram a finalizar o problema, mas apenas vão dando uma sobrevida para a pista.
“A corrosão é a doença crônica do Joá. Nas últimas décadas, cada vez que o elevado apresentou um problema, houve uma intervenção emergencial. É como se o médico receitasse um remedinho para reduzir a febre do paciente, mas que é incapaz de curar a doença. O que acontece agora é que esse paciente se encontra em estado grave”, rebateu Batista
Em evento no Clube de Engenharia e pela Associação Brasileira de Pontes e Estruturas (ABPE), no final da tarde desta terça-feira (4), será dado um parecer mais robusto sobre o tema. Em caso de negativa para o Elevado do Joá, a prefeitura deve ter um forte baque, já que há grandes planos para a via, como a criação da terceira faixa na pista superior e a implantação de uma ciclovia, que ligaria as pistas cicláveis das orlas de São Conrado e Barra da Tijuca.


















































