Em nota divulgada dia 29 de agosto, o Instituto Lula desmentiu reportagem da revista Época, segundo a qual há indícios de suposto tráfico de influência para garantir financiamento do BNDES a empreendimentos da Odebrecht em Cuba.
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“A matéria deste final de semana (29/08) é uma combinação de má-fé jornalística com ignorância técnica (ou ambas) e o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores que, de acordo com a versão da revista, tiveram o sigilo funcional transferido ao Ministério Público”, diz um trecho do texto.
A entidade destacou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve “conduta rigorosamente correta” em seus contatos com autoridades cubanas e dirigentes empresariais brasileiros ao tratar de financiamento de exportações brasileiras para Cuba.
O Instituto reforçou que não há, nas partes dos telegramas do Itamaraty reproduzidos pela revista, qualquer menção à interferência do ex-presidente em decisões do BNDES, “pelo simples fato de que tal interferência jamais existiu nem seria possível, devido a procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição”.
Também lembrou o fato de ter entrado com ação, há duas semanas, por reparação de danos morais contra jornalistas da revista por reportagem envolvendo a investigação do Ministério Público Federal contra Lula. A publicação permaneceu com as informações veiculadas e disse que se manifestará no foro apropriado.
A matéria da Época deste fim de semana aponta informações sobre empréstimos do BNDES às obras da Odebrecht em Cuba, negociadas, de acordo com a revista, pelo próprio ex-presidente com membros da empreiteira e do governo cubano.
“Só a imaginação doentia que preenche os vácuos de apuração dos jornalistas de Época pode conceber um suposto exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do Itamaraty”, acrescentou.